As vendas do comércio eletrônico brasileiro tiveram crescimento nominal
de 15,3% em 2015 na comparação com o ano anterior, segundo levantamento
da E-bit, empresa especializada em informações do setor. O faturamento
das lojas virtuais brasileiras atingiu R$ 41,3 bilhões no ano. O
crescimento das vendas foi impulsionado por uma alta de 12% no tíquete
médio das compras. Pedro Guasti, cofundador da E-bit, disse que o setor
vive uma desaceleração nas vendas em volume – mas que o faturamento tem
sido beneficiado por um aumento nos preços médios.
No ano passado, para se ter uma ideia da desaceleração do setor, a
receita nominal com vendas cresceu 24% com relação a 2013. No ano
passado, as classes de menor poder aquisitivo consumiram menos no
comércio eletrônico, mas houve uma maior venda de itens de maior preço. A
inflação também elevou os preços dos produtos vendidos online no
decorrer do ano e as compras virtuais atingiram, em média, um valor de
R$ 388 em 2015.
Em entrevista no início do mês ao jornal “Folha de SP”, Maurício
Salvador, presidente da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico,
disse que o setor sentiu a queda nas vendas no ano passado. “Mas não foi
tão forte quanto no varejo tradicional”. Segundo ele, isso se explica
por dois fatores: a entrada de novos consumidores no mundo das compras
online e uma percepção entre os brasileiros de que os sites oferecem
preços menores.
De fato, as vendas virtuais tiveram desempenho melhor em 2015. Segundo
dados divulgados nesta quarta pelo IBGE, no acumulado de 2015 até
novembro, o volume de venda do comercio varejista brasileiro, incluindo
concessionárias de veículos e motos e material de construção, recuou
8,4%. A receita nominal das vendas teve queda de 1,8% também na
comparação do acumulado até novembro de 2015 com o mesmo período de
2016.
As explicações para o desempenho abaixo do ano anterior, segundo
técnicos do IBGE, são a inflação em alta, o aumento do desemprego e o
encarecimento do crédito, com juros mais altos.
Setor de serviços tem queda de 6,3%
Rio de Janeiro. O volume de serviços prestados recuou 6,3% em
novembro de 2015 ante igual mês de 2014, já descontados os efeitos da
inflação, informou nesta quinta o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE). Trata-se do pior resultado desde o início da série,
em janeiro de 2012. Em outubro ante igual mês de 2014, a redução havia
sido de 5,8%.
Com isso, o volume de serviços prestados acumula queda de 3,4% no ano.
Já em 12 meses, o recuo de 3,1% é o maior já verificado em toda a série
histórica. O volume de serviços prestados às famílias recuou 6,6% em
novembro ante igual mês de 2014.
http://www.otempo.com.br/capa/economia/vendas-online-crescem-mais-do-que-f%C3%ADsicas-1.1212625

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