Segundo
relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) divulgado no
dia 19, o Brasil terá 8,4 milhões de desempregados neste ano. Abrir um
negócio pode ser uma boa alternativa para quem perde o trabalho. Mas
garantir a sustentabilidade financeira de uma empresa em momento de
crise, como o vivido pelo País, exige planejamento, avaliação dos
melhores segmentos e das possibilidades de financiamento. Um
profissional da contabilidade preparado pode auxiliar o empresário a construir uma alternativa sólida para começar o novo empreendimento.
Os desafios enfrentados por quem quer começar um negócio são grandes.
A falta de experiência, de recursos financeiros e de noções de
administração do negócio em si são algumas delas. O profissional da contabilidade
está apto a auxiliar quem está começando. “Hoje o profissional exerce,
cada vez mais, o papel de assessor estratégico, apontando as melhores
alternativas para o empreendedor”, explica o vice-presidente de
Fiscalização, Ética e Disciplina do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), Luiz Fernando Nóbrega.
O contador pode assessorar o empresário desde o momento de escolha da
constituição da empresa, da melhor forma de tributação e até mesmo na
hora do sistema de gestão. “A correta orientação pode apontar qual é a
melhor organização jurídica e o melhor enquadramento tributário, que se
feitos de maneira adequada levam a um menor impacto tributário e ajudam a
melhorar o desempenho da empresa”, relata Nóbrega.
As empresas podem ter várias formas jurídicas, como, por exemplo, o
Microempreendedor Individual, Microempresa (ME), Empresa de Pequeno
Porte (EPP), Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI) e Sociedade Empresarial Limitada. Quanto ao enquadramento tributário, elas têm a opção do Regime do Simples Nacional, Lucro Real ou Lucro Presumido.
O profissional da contabilidade
qualificado pode auxiliar a encontrar as melhores opções de
financiamento e um programa de gerenciamento, entre os disponíveis no
mercado, que melhor se adeque à realidade do novo negócio. “Hoje existem
programas, que chamamos de sistemas de prateleira, para quase todos os
tipos de negócio. A vantagem é que já estão prontos e têm custo menor do
que mandar produzir um sistema personalizado”, afirma o
vice-presidente.
A formalização é uma segurança para o empreendedor, que na
informalidade fica sujeito à fiscalização que pode levar ao fechamento
do negócio e é também uma oportunidade. “Além da tranquilidade de
estar legalizado, a formalização é um diferencial de negócios, visto que
muitas pessoas não compram de quem não emite nota fiscal.
Outra vantagem é que as microempresas e as empresas de pequeno porte
têm uma série de benefícios em licitações e contam com linhas de
créditos com condições mais favoráveis”, explica Nóbrega.
O Brasil tem mais de 5 milhões de microempreendedores e cerca de 6
milhões de microempresas, segundo dados do Sebrae. Os pequenos negócios
são responsáveis por 52% dos empregos com carteira assinada do País.
Fonte: RP1 Comunicação Brasília
http://www.contabeis.com.br/noticias/26709/empreendedorismo-e-alternativa-para-a-crise/